quinta-feira, 17 de julho de 2008

Filosofia de Pipa

O céu azul, sem limites pra voar, sem limites. E não tinha um pássaro, nem um avião apenas uma pipa.
A pipa subia, descia, ia para um lado e ia para outro com vôos razantes, diagonais, dançava e brincava lá em cima. Quem já não se sentiu como uma pipa....E pensei no que a criança que estava empinando-a estava sentindo também.
Na vida, creio eu, há pessoas que são empinadas e que empinam. Pessoas que levantam outras, as fazem voar, ir longe, até o céu, para o além de tudo.Pensando bem essas pessoas que nos fazem ser pipas são maravilhosas. Estamos lá em cima, voando, de longe somos vigiados, vistos, queridos por assim dizer.
E quando empinamos vemos nossa querida pipa, longe, dançante, flutuando no infinito céu azul, mas poderia voar mais se dermos mais linha.Aí assim poderia ir mais alto e mais alto e sempre estará ligada a nós, pela linha.
Estava vendo que há algum problema de ser pipa e às vezes isso acontece. Estamos lá no alto, dançando, rindo nos céus e derrepente a linha arrebenta. Como aconteceu aquilo¿ Não era pra acontecer.
E logo mais a pipa cai. No mato, no poste, nas antenas, todo mundo a vê, mas ninguém a pega.O pior é ser esquecido e ser substituído por outra. Aquilo tudo se torna passageiro. Então não seria bom ser uma pipa. Estou em dúvidas, pois daria tudo pra voar.
E o medo¿
Mas que filosofia da pipa hein. Mas a verdade é que existe muito isso hoje. Pessoas são empinadas e voam enquanto outras sempre empinam. Aí vai de cada criança gostar de sua pipa ou não, deixar a pipa lá e substituí-la por outra ou correr atrás daquela quando cai e não deixá-la cair em qualquer lugar depende de cada criança que a empina.

Estava no ponto de ônibus. Parecia até coisa de bebado ou algo assim, maluco, talvez seja a melhor palavra. Viajar numa pipa.

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