domingo, 27 de setembro de 2009

Ali , longe

Nem vi o tempo passar, e logo , me peguei fantasiando.
Envelheci 10 anos ou mais, nesses últimos meses.
Era o que queria, era o certo, o duvidoso, a fantasia, o risco. Agora é futuro certo, imagino que , com algumas contradições, mas que hão de se resolver.

E agora?
Agora vou pra longe, pra um lugar onde me aconchego, me acho no paraíso, para perto de você.
Todo dia perto, tão perto que estás em minha mente. Todo dia tão longe, tão longe, que são milhas e milhas deste lugar...
A distância há de unir e de separar,
porém vou sempre voltar.

E agora o que farei essa, se me perguntar?
Vou correndo para longe, para ali,
são horas de distância, para chegar
e chegando, devagar, seu corpo vou dominar..

Toda noite , tem sido noite de luar...
estrelas nos seus olhos
palavras esperando a hora
de sair em tradução
...

pensando em como será.....

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Viajar

Depois das férias coletivas, mudanças de hábitos, e alterações de humor, pois estava aqui todo felizinho escrevendo no blog, termino o post, e simplesmente não é salvo!!!
Já fiquei puto, prefiro ter um filho viado do que um que trabalhe na produção de engines de blogs.

Então, pela minha linha de raciocínio foi pro brejo, a inspiração também, deu uma saída...acho que foi se divertir um pouco...(rsrs)

Vamos tentar algo então.
Desde o ultimo post (novembro), posso dizer que mudei. Notei a diferença. Hoje, agora, é uma pessoa totalmente diferente da que fez o ultimo post, dá pra notar.

Em falar em notar, notei. Notei que felicidade não tem hora, nem lugar , nem momento.
Reviravolta sem querer, inesperada. Começa simplesmente inocente. Com brincadeiras de criança, como ousadia de adulto.

Um momento de graça se dá através da surpresa, deu-se pelo inesperado, pelo incerto que se tornou seguro, completa afirmação.

Isso não é difícil de ver, basta dar valor a simplicidade, gestos que te puxam para o alto, para cima, que lhe elevam ao céu. O paraíso é o hoje. O passado fica na janela dessa viagem, o presente do futuro é hoje. O que pensou estar longe, a frente, está perto, nas mãos. Agora está ao lado (ao mesmo tempo longe), mas na mente, dentro.

E por mais que veja muita coisa na viagem, e me interesse pelo diferente, já estabeleci o ponto mais importante. O hoje. Estação a qual sempre voltarei para viajar e levar comigo lembranças. Mas levarei algo a mais. Levarei algo pra minha terra, a mais. O hoje é o futuro do ontem, e quem sabe sabe hoje não seja o futuro do amanhã?

Depende de vidas, vontades, desejos. O hoje é felicidade, simples, mas se depender do hoje, o futuro sempre será uma caixinha de surpresas. Então fique tranquilo, aproveite a viagem, pois você é dono dela...


um suspiro, um olhar
um cheiro, um desejo
uma vontade, explosaoão
sem ar, peço beijo

um momento, um gesto
pensamento, na mente
uma palavra, por mérito
felicidade , da gente!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Lá no chão

Tino, tinhoso, da bela canção,
um casal de pombos, eram apenas 2;
no céu, na praça, no chão...

Um casal, apenas..
voa, corre, alegria....namorados
entre quatro paredes não...
namorados , tambem não..
pombos, sim..

olha Senhor, o certo está ao lado
O errado está mais perto
o correta está em cima
a malícia no pensamento..
somente no abstrato
irrealidade utópica de criança, que sonha com papai noel..

O cálice ao alto, na mão, está lá..
no santo pensamento..
unicamente, e indiferentemente...
em vão...

Cegos, surdos, mudos, felizes.....
nada no plural funciona...
o plural foi feito para generalizar..
o geral abrange o específico nicho ninho dos pombinhos..
tadinhos,
tadinha,
tadinho...

Risadas e mais risadas, de ironia e sarcasmo gozam da bondade do finório..
esse que é um ladino brioso, apenas isso nada mais..
não passo disso, aos olhos dos outros..

Mas não passa mais nada..
o valor dos objetos é valioso
muito se vale quando se ganha
ou até se vale quando se perde

mas não se vale de nada quando se tem...
apenas quando se o tem...
E gozar disso, ninguém goza, só tem, ...

Guerras travadas são todo o disperdício
de tempo, dinheiro, sentimento, dedicação
perda de palavras, força, esforço, traição.

E agora você?
que não lembra o meu nome,
que está apenas na sorte
que não faz pra me ver

E agora a gente
que se diz contente
maquiar para não ver

e agora .....
vemos o alvorecer....

domingo, 16 de novembro de 2008

A vida

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA



"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas

Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influências sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve compará-los com os outros, mas com o melhor que podem ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que ou você controla seus atos, ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a, pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou; aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."



William Shakespeare

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Reflita

Dai-me, Senhor, assistência técnica
para eu falar aos namorados do Brasil.
Será que namorado algum escuta alguém?
Adianta falar a namorados?
E será que tenho coisas a dizer-lhes
que eles não saibam, eles que transformam
a sabedoria universal em divino esquecimento?
Adianta-lhes, Senhor, saber alguma coisa,
quando perdem os olhos
para toda paisagem ,
perdem os ouvidos
para toda melodia
e só vêem, só escutam
melodia e paisagem de sua própria fabricação?

Cegos, surdos, mudos - felizes! - são os namorados
enquanto namorados. Antes, depois
são gente como a gente, no pedestre dia-a-dia.
Mas quem foi namorado sabe que outra vez
voltará à sublime invalidez
que é signo de perfeição interior.
Namorado é o ser fora do tempo,
fora de obrigação e CPF,
ISS, IFP, PASEP,INPS.

Os códigos, desarmados, retrocedem
de sua porta, as multas envergonham-se
de alvejá-lo, as guerras, os tratados
internacionais encolhem o rabo
diante dele, em volta dele. O tempo,
afiando sem pausa a sua foice,
espera que o namorado desnamore
para sempre.
Mas nascem todo dia namorados
novos, renovados, inovantes,
e ninguém ganha ou perde essa batalha.

Pois namorar é destino dos humanos,
destino que regula
nossa dor, nossa doação, nosso inferno gozoso.
E quem vive, atenção:
cumpra sua obrigação de namorar,
sob pena de viver apenas na aparência.
De ser o seu cadáver itinerante.
De não ser. De estar, e nem estar.

O problema, Senhor, é como aprender, como exercer
a arte de namorar, que audiovisual nenhum ensina,
e vai além de toda universidade.
Quem aprendeu não ensina. Quem ensina não sabe.
E o namorado só aprende, sem sentir que aprendeu,
por obra e graça de sua namorada.

A mulher antes e depois da Bíblia
é pois enciclopédia natural
ciência infusa, inconciente, infensa a testes,
fulgurante no simples manifestar-se, chegado o momento.
Há que aprender com as mulheres
as finezas finíssimas do namoro.
O homem nasce ignorante, vive ignorante, às vezes morre
três vezes ignorante de seu coração
e da maneira de usá-lo.

Só a mulher (como explicar?)
entende certas coisas
que não são para entender. São para aspirar
como essência, ou nem assim. Elas aspiram
o segredo do mundo.

Há homens que se cansam depressa de namorar,
outros que são infiéis à namorada.
Pobre de quem não aprendeu direito,
ai de quem nunca estará maduro para aprender,
triste de quem não merecia, não merece namorar.

Pois namorar não é só juntar duas atrações
no velho estilo ou no moderno estilo,
com arrepios, murmúrios, silêncios,
caminhadas, jantares, gravações,
fins-de-semana, o carro à toda ou a 80,
lancha, piscina, dia-dos-namorados,
foto colorida, filme adoidado,,
rápido motel onde os espelhos
não guardam beijo e alma de ninguém.

Namorar é o sentido absoluto
que se esconde no gesto muito simples,
não intencional, nunca previsto,
e dá ao gesto a cor do amanhecer,
para ficar durando, perdurando,
som de cristal na concha
ou no infinito.

Namorar é além do beijo e da sintaxe,
não depende de estado ou condição.
Ser duplicado, ser complexo,
que em si mesmo se mira e se desdobra,
o namorado, a namorada
não são aquelas mesmas criaturas
que cruzamos na rua.
São outras, são estrelas remotíssimas,
fora de qualquer sistema ou situação.
A limitação terrestre, que os persegue,
tenta cobrar (inveja)
o terrível imposto de passagem:
"Depressa! Corre! Vai acabar! Vai fenecer!
Vai corromper-se tudo em flor esmigalhada
na sola dos sapatos..."
Ou senão:
"Desiste! Foge! Esquece!"
E os fracos esquecem. Os tímidos desistem.
Fogem os covardes.
Que importa? A cada hora nascem
outros namorados para a novidade
da antiga experiência.
E inauguram cada manhã
(namoramor)
o velho, velho mundo renovado.

by droummond