segunda-feira, 28 de julho de 2008

A lua

Embarquemos a mais uma navegada de idéis loucas lúcidas de tempo de inrrespiráveis ares.Esses ecos que chegam ao meu ouvido pelas paredes da sala já me fazem bem, sinceramente, a lua longe brilha, intensa e num vazio negro que é a noite, mas mesmo assim brilha. Brilha inteira, pelos quartos e tem dia que não brilha pra mim.
Mas também, como ela estou. Não estou nem nos quartos e nem na cheia, mínguo minguantemente como uma nova lua a lua nova, quem está na terra só ve o céu escuro, e , as estrelas.
O que vem a ser certo, amor , carinho , romance a lua desconhece. Ela só ve os casais apaixonados que devez em quando olham para ela, mas o calor, o humano,está muito longe de ser, porque cientificamente a lua fica a trezentos e oitenta quatro mil e trezentos e cinco kilômetros de distância da Terra, pouquinho longe né.
Então o que lhe resta é ficar dando voltinhas com seus amigos. Pode-se dizer que tem vários, como os astros do infinito e maravilhoso espaço onde vivemos. Desde estrelas, cometas, meteoros e outros, pois o universo é grande né e a lua pode ter vários amigos, incontáveis.
Mas a maioria do tempo fica sozinha e só observando a terra a essa distancia, de longe um tanto perto, para somente vê-la.Contato imediato é dificil. A lua tentou, mas um asteróide caiu em casa e bagunçou toda a via lactea, que tragédia.
A terra não ficou feliz com esse acidente, o contato cancelado, talvez adiado, mas esse asteróide fez uma bagunça. Veio de perto até, não muito longe.
A lua ainda gira em torno da terra, nunca irá sair da sua rota. Girou, gira e sempre irá rondar o quintal da terra e ver se não estão maltratando-a. Pois sem a terra a lua não teria sentido, não seria lua, lua não seria.
Mas continua lá amarela cheia, meia nos quartos e escura sem sol quando é novinha novinha.
E me parece que essa lua ficará nova por um tempo bom(necessário).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Muita gente

Inspiração engenheirense baixa.Mas a verdade não está longe da mentira, do céu ou do inferno, do paraíso ou purgatório. Está mais perto do certo e do errado, do saber e do desconhecido, está simplesmente perto e num complexo longe.Está solidão no meio de todos, que faz o caminhar travar as pernas deixa as coisas mais complicadas num tempo que deveriam ser mais fáceis de pensar.
Cérebro parado como uma carroça, numa eternidade de sonho de verão, em que noite sendo uma criança deveria ser, mas na verdade numa eternidade de dor de uma velha senhora velha. Esquisofrenica, carrancuda, que paralisa tudo com o olhar. Então passo a confundir casas, prédios, moinhos de ventos com aquelas épicas criaturas que cospem fogo pelas ventas e que desejam me devorar só para saciar a sede da morte da presa inocente que está ali, presa em si, presa nos destroços de avião que cai ao meio dia em cima de sua cabeça flutuante.
Mas e eu que falei nem pensar, agora, só agora. Pensava que seria futuramente mas tem sido agora. Mas eu falei nem pensar.
Eu fui sincero. Isso não basta, mas fui.....
Então muito prazer, meu nome é otário. Mais para um peixe fora d'agua do que chegando no horário.
Não é apelido é nome, simples nome para qualquer um otário que se chama otário. Pode ser, porque esta tudo bem e vai ser porque é, ou , por que seja pelo que for. Por tudo ou por nada, por ódio o por amor, apenas as causas perdidas.
Não deixo muitas palavras, apenas letras num rascunho impertinente. Envolve nos pensamentos muita gente, muita gente.

Apenas pensamentos
e
muita gente....

domingo, 20 de julho de 2008

Somente indo

Fixação de pensamentos, de palavras e de sentimentos.
Esse trem não para, percorre todas as estações, passa por pontes, estradas, por carros,pessoas e construções. O destino o leva para um infinito prazer de conhecimento.
O trem não pára em estações, não pára pra nada só para o conhecimento.
Ele vê passageiros, o maquinista não pára, ele nunca diz não, mas quando disse.....

Esse trem vai sozinho, sem vagões, sem trilhos, sem rumo, sem destino.O destino é incerto, não é previsível. Mas sem trilhos ele vai. Não é impossível porque pra tudo tem jeito ainda mais se ele quer continuar a andar, a seguir um caminho que não sabe como terminará, mas sabe o que fazer durante a viagem.

Tiraram os trilhos. Tiraram-lhe os vagões. Agora ele só voa. Voa para o céu, para longe, para seu caminho. Ele não pára quando quer, mas para ajudar aqueles que precisam de uma carona.Só mostrar que passageiros também podem voar e que não precisam de um trem para ir para qualquer lugar. Têm outros meios como carros, aviões, bicicletas e até a pé.

Olha ele não voa mais. Acha que ve-se trilhos, um caminho a seguir. Então boa viagem e aproveite o passeio que um dia irá acabar. Mas antes de acabar o conhecimento irá com ele voar para o céu infinito da sorte ou, do azar.

Somente indo para um alcançável Lar.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Filosofia de Pipa

O céu azul, sem limites pra voar, sem limites. E não tinha um pássaro, nem um avião apenas uma pipa.
A pipa subia, descia, ia para um lado e ia para outro com vôos razantes, diagonais, dançava e brincava lá em cima. Quem já não se sentiu como uma pipa....E pensei no que a criança que estava empinando-a estava sentindo também.
Na vida, creio eu, há pessoas que são empinadas e que empinam. Pessoas que levantam outras, as fazem voar, ir longe, até o céu, para o além de tudo.Pensando bem essas pessoas que nos fazem ser pipas são maravilhosas. Estamos lá em cima, voando, de longe somos vigiados, vistos, queridos por assim dizer.
E quando empinamos vemos nossa querida pipa, longe, dançante, flutuando no infinito céu azul, mas poderia voar mais se dermos mais linha.Aí assim poderia ir mais alto e mais alto e sempre estará ligada a nós, pela linha.
Estava vendo que há algum problema de ser pipa e às vezes isso acontece. Estamos lá no alto, dançando, rindo nos céus e derrepente a linha arrebenta. Como aconteceu aquilo¿ Não era pra acontecer.
E logo mais a pipa cai. No mato, no poste, nas antenas, todo mundo a vê, mas ninguém a pega.O pior é ser esquecido e ser substituído por outra. Aquilo tudo se torna passageiro. Então não seria bom ser uma pipa. Estou em dúvidas, pois daria tudo pra voar.
E o medo¿
Mas que filosofia da pipa hein. Mas a verdade é que existe muito isso hoje. Pessoas são empinadas e voam enquanto outras sempre empinam. Aí vai de cada criança gostar de sua pipa ou não, deixar a pipa lá e substituí-la por outra ou correr atrás daquela quando cai e não deixá-la cair em qualquer lugar depende de cada criança que a empina.

Estava no ponto de ônibus. Parecia até coisa de bebado ou algo assim, maluco, talvez seja a melhor palavra. Viajar numa pipa.

Por que não?

Cheguei. Fui procurar alguma informação sobre ônibus e seus horários para voltar para casa, para aquele aconchego, luxo, vida boa onde não faltavam comida e calor. Comecei a subir os degraus com o pé direito e terminei a escada com o esquerdo, contanto, um a um.Nove. O guiche estava ali, uma fila pequena, estava indo para lá.
"Tio me compra um salgado?"
Por que não? me perguntei. Vi primeiro sua cabeça, cabelo preto liso, sujo, moreninho o meninho.
"Você gosta de coxinha?" Pelo balançar da cabeça acho que sim. Andamos até o balção do bar, segundo andar da rodoviária que ficava perto do guiche mesmo. Chegamos em segundos e pedi uma coxinha. Ela estava vindo para mim, mas falei que não era pra mim e sim pra ele, apontei e paguei.
Aquela cara de surpresa, medo e alegria em seu rosto me surpreendia. Ele não merecia estar lá e pedir às pessoas que o ajudem, a culpa não é dele.Por que eu tinha minha casa e ele passava aquele aperto desgraçado de ruim?Deveria ter feito mais por ele. Acho que tinha irmãos, pois virou para um lado que perdi de vista com mais uns dois companheiros a segui-lo. Aquilo não ia matar o que estava matando ele, mas iria ..........que triste. Ele não tinha mais que oito ou dez anos.
Às vezes sinto culpa por não ter feito mais, acho que poderia,sim poderia. Não queria que esse meu ato soasse como heróico e sim, exemplar. Mas deveria ter feito muito mais.
Comecei a pensar que um pouco de atenção e pelos menos uns dez minutos de conversa e ajuda poderiam mudar algo.
Acho que amar o próxima poderia começar por aí, por que não?
Essa pergunta me pega todos os dias, coisas a serem feitas, por que não?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

La Vita

Calmo, limpo. Pesa a leveza do pensamento, da rotina, tortura racional acima do normal.Não saio do lugar, mas viajo pelo mundo. De ponto em ponto, estação à estação vejo lugares, imagino pessoas, realizo sucessos. Distante, perto e no meio.
Sem pé sem cabeça, sem corpo, uma alma. Vida para viver, o tão pouco tempo que não temos de fazer, de escolher e de se viver. Caminhos nos levam. Fazer o próprio caminho é algo interessante, árduo e difícil. Mas quem falou que iria ser fácil?
Vertentes perpendiculares cortam rios paralelos que se encontram num infinito campo verde de desencontros. Coincidentemente acontecem.
Começam sem querer, o querido mais que desejado. Algumas medidas ao necessário, distância para aumentar o simples desejo. E o tempo. Tempo em tempo de si mesmo.
Da nascente a foz, o rio encontra e desencontra afluentes que fazem alguma diferença para ele.
O que ele encontrou, encontrará lá na frente.
É hora de deixar os peixem procriarem e fazer com que as coisas sejam fartas para ele mesmo.
E perto do final fartura para todos.
Nem perto do final.
Do começo.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Dona Lola

Agora crescido não a conhecia muito. Só sabia que era Mãe do dono da padaria. Essa que fui lá muitas vezes, somente quando pequeno, mas agora raramente. Amiga de meus avó, da família. Estava ali por perto, na vizinhança, não andava muito. Às vezes, na esquina da padaria ficava, a olhar o movimento, os carros, as pessoas, apenas a meditar.
A idade chega, a dela e a minha também. Esqueci muitas coisas de minha infância que tinham a presença dela, acredito eu. Vivia na padaria.
Pipoca, pinball, maquina das moedas e apanhador de bixinhos de pelúcias. Gastava bem lá. Vinte e cinco centavos, uma moeda por uma, e vinte e cinco reais saiu para minhas mãos, cem moedas de de vinte e cinco. Quanto dinheiro, fortuna de criança boba.
Um dia normal, mais um. Saí de casa. Cheguei na casa da Vovó em frente a padaria e deixei a bicicleta azul e amarela com um guidon meio mole, porque é de terceira ou quarte qualidade, mas...
Deixei-a, pedi a benção para a matriarca paternal. Saí de novo, todavia da casa da Vovó agora.
Atravessei a rua, Dona Lola acaba de virar a esquina.Agora, dez passos depois minha vez de virar, viro. Bum.
A moto cai e Dona Lola também. O motorista se desespera, como se tivesse atropelado sua própria avó. Dona Lola, saiu da padaria para quê Dona Lola?
No chão, sem ar. O que faço, como ela está(que pergunta idiota né, é claro que não muito bem)?
Se eu tentar ajudá-la, mas seria perigoso. Nunca socorri alguém e se eu terminasse de quebrar a coitada, a culpa seria maior. Fiz o que pude. Celular no bolso, direto foi parar nas mãos. 190 liguei, policia, ambulância, alguém venha agora, a Dona Lola está no chão.
Não vi sangue na vida real, mas vi...
Minha barriga tremia, girava, meu estômago pulava, queria sair de lá. As pernas trêmulas como se não aguentasse esse marmanjo.Chegou do nada, por acaso. Abriu as portas, coloco-a na maca e saiu gritando, fazendo barulho na contra mão. Salva pela ambulância que apareceu sem querer.
Está em Guará, acompanho por outros, mas acompanho.
Ela, tadinha, no chão , olhando pro céu azul, com falta de ar, sem falar, sem olhar pra outro lugar, irônico isso. Por que céu azul? Dona Lola não merecia cair, merecia só o céu azul.

Deus cuida de ti, Dona Lola.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Tudo que vi

Novidades da terra estranha, um pouco conhecida a todos, de todos, a alguns.Novidades mesmo, não sei.

Inflando desse jeito, preços altos, salários nem tanto, miséria junto ao limite dos céus e corações a mil. Acelerando cada vez mais, ventos nos cabelos, braços fortes, cabeça erguida e algo batendo no peito.

Numa terra de gigantes somos Gulliver em Brobdingnag, entre esses gigantes que vemos de longe com suas qualidades como ganância, avareza e busca de um poder mais alto sobre nós.Controlar a massa e exercer um poder sobre ela é praticamente um nivarna que tentam alcançar esses gigantes conhecidos como políticos.

Problemas de fora, de dentro, em volta. A situação não está tão favorável. E continuemos socar , esmurrar pontas de facas. "OxêÊ" Teimosia de todos, de nós, de você, minha. Não deveriam ser assim as coisas, mas foram.

Temos muitos problemas hoje, uma época da humanidade interessante, onde é mais fácil separarmos siameses, quebrar essa ligação entre dois seres do que quebrar aquilo que incomoda alguns sem informações e observações, que apenas vêem a capa do livro,todavia se recusam a lê-lo.Quebrar esse preconceito está muito difícil mesmo.

Nas entrelinhas não escrevo, rabisco. Desenhos, formas e contornos saem do papel cavalgando para nada, para ninguém.Justamente para mim ou para quem quiser ler essa baboseria.

Parar de escrever talvez, não vou.Saber o que querer sim, ideais em jogo e em busca deles. Felicidade felissíssima hão de saber respeitosamente o que ser, respeitando nós mesmo e o próximo e o próximo e o .....

Amor a pátria, amada. Ès bela, és forte. Mas em nosso peito tem que haver um respeito antes da própria morte. Amantes do amor, uma mensagem sem sabor. Admiração e respeito constroem algo duradouro e verdadeiro.

Velho mano, um mendigo de rua, queria só um pão. Pediu um trocado, umas moedinhas doutor. Mas o sorriso do Velho mano deu-se por pães com manteiga e presunto. Boa vontade, a mínima, faz pessoas que você nunca viu, ou não se importe acreditarem mais em DEUS e em outras pessoas.As chamadas Boas Ações fazem a diferença.

Vivências e pensamentos de um caderno antigo, agora novo, rasgado, reciclado.

Have a nice day!